Viva orando ou morra tentando

“Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: “Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!” Então eu direi claramente a essas pessoas: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!” (Mateus 7:21-23)

Estamos tão acostumados a orações vazias e a viver nossa vida de qualquer forma, que não nos preocupamos tanto com princípios cristãos, pensamos que por não fazermos grande roubos ou por não prejudicar alguém com nossas mentiras, estamos bem com Deus e por isso garantimos nossa salvação.

E assim temos vivido: de acampamento em acampamento, de congresso em congresso, nos emocionando e enganando a nós mesmos, dizendo que fomos tocados pelo Espírito. Acostumamos a nos emocionar e a buscar a Deus com intensidade somente em eventos cristãos, a fazer orações fervorosas e jejuns somente quando a situação já está crítica, chegamos até a dizer: “Já tentei de tudo, agora só me falta orar”, quando, na verdade, a oração deveria ter sido a primeira opção. O fato é que não existe um plano B, pois Cristo é o plano A!

Temos nos moldado aos padrões desse mundo e, ao invés de transformarmos a nós e a mente das outras pessoas a partir da perspectiva da mente de Cristo, temos nos encaixado perfeitamente ao padrão secular, e sempre com as mesmas desculpas: “Não tem nada a ver, isso é normal”.

As orações têm sido cada vez mais vazias, um determinismo sem fim. Tratamos Deus como o gênio da lâmpada mágica: basta dar uma esfregada e todos os nossos desejos serão realizados. Olhamos para Deus como se Ele fosse o poço dos desejos: depositamos nossas moedas, fazemos um pedido e ele se torna realidade.

Digo que: pedidos para estrelas cadentes não são realizados; apagar as velas e desejar algo não é oração; e boas intenções e boas palavras não são súplicas!

Mas, e se oramos? Infelizmente muitos de nós estamos acostumamos a fazer orações de resolução de problemas, e não para prevenção deles. Só nos dispomos a orar quando não vemos mais solução. É como ir ao médico, só fazemos exames quando percebemos que corremos risco de vida. Só oramos quando alguém está prestes a morrer, quando a situação financeira aperta, quando um filho está envolvido com drogas, quando precisamos de um milagre, quando já tentamos de tudo, e tudo não deu certo… aí oramos. Pensamos que dois minutos de palavras são o suficiente pra convencer Deus da nossa ideia, e o pior, invertemos os papéis, nos tornamos o senhor, e Deus o realizador de todos os nossos desejos. Isso sem falar falta da leitura da Bíblia e nos jejuns vazios.

Olhando para tudo isso estamos caminhando pra uma direção desastrosa, perdemos o foco, esquecemos da centralidade de Cristo e da importância da oração, por isso, caminhamos pra viver Mateus 7:22-23. Naquele Grande Dia seremos pegos de surpresa, pois suplantamos as palavras de Cristo. Portanto, infelizmente teremos que escutar aquelas terríveis palavras: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!”. E então, muitos serão lançados no lago de fogo, reservados pra todos que praticaram o mal e não se prepararam para o grande e terrível dia do Senhor.

Espero que você, ao ler isso, volte a Cristo e se arrependa enquanto ainda há tempo. Não brinque com o seu chamado e com a sua eternidade. Cristo te ama e com certeza deseja que você esteja ao lado d’Ele.

Fernando Henrique de Castro

Líder de adolescentes, estudante de Teologia e Psicologia, artista plástico e editor de vídeos.

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