…é de aquecer o coração!

Pense rápido: o que dá mais audiência, uma tragédia ou uma boa notícia? Alguém já ouviu dizer que notícia boa tem perna curta? Pois é. Somos bombardeados todos os dias com informações de todo tipo, mas, com certeza, quanto mais explosivas, escandalosas ou tempestivas forem, mais rapidamente ganham os meios de comunicação, as mídias televisivas, as redes sociais e os grupos de comunicação instantânea nos smartphones.

As emissoras exploram as tragédias ao longo de toda a programação do dia e, com o argumento de mostrar todas as faces da notícia, muitas vezes derrapam nos detalhes sórdidos, nas nuances mais dramáticas, com a clara intenção de pontuar audiência e se valer da curiosidade mórbida e sensacionalista do povo em geral.

E no seio da nossa família, igreja, trabalho e outros grupos de convívio? Será que estamos dando o mesmo destaque às más notícias em detrimentos das boas? Não estaríamos nós gastando um tempo enorme para contar as lutas e apenas alguns segundos finais para dizer que a vitória finalmente chegou? O que movimenta nossas conversas nos grupos de contato, são as coisas boas que nos acontecem e as boas notícias que recebemos e lemos? Ou as polêmicas, os vídeos de tragédias, de zombarias, de futilidades? Bem, acho que cada um tem a resposta para todas estas perguntas e provavelmente, sejamos unânimes em reconhecer que talvez estejamos fazendo também o papel de pessimistas, escarnecedores e até de profetas do mau agouro.

Provavelmente você se pergunte: quem está interessado em falar de coisas boas? Que notícia vende jornal? O que “bomba” ou rivaliza na rede? Realmente, se a ideia for alimentar este ciclo vicioso em nome do lucro, da audiência e da projeção midiática, a resposta é a que todo mundo já sabe.

É bem verdade que fomos chamados para sermos profetas e denunciarmos as obras das trevas, mas também para ser luz do mundo e sal da terra, certo? Que tal a gente remar contra a maré das turbulências e desenvolvermos o hábito de espalhar boas notícias, a começar pela propagação do Evangelho que por si só já significa “boas novas”? Em um tempo de desesperança e frieza, precisamos encontrar uma forma de aquecer o coração das pessoas, levar ânimo, encorajamento. Não estou falando de alienação e ignorância em relação aos fatos, problemas e dilemas sociais que nos cercam, mas de, em meio a tudo isto, e apesar de tudo isto, fazer a diferença com uma presença abençoadora, com palavras carregadas de significado enriquecedor, com notícias que tragam alento e fé. Que tal tornamos em manchetes as notas de rodapé que falam de soluções? Podemos contar para todo mundo as coisas boas que nos acontecem e surpreender as pessoas com nossa postura proativa diante da vida, ainda mais quando elas compartilham das lutas que enfrentamos.

Você pode estar achando esta conversa muito clichê e até panfletária demais para o seu gosto, mas se este texto conseguir fazer com que você repense o tipo de semente que está semeando, terá sido válida a pena escrever a respeito. Espalhemos boas notícias! Se nas suas navegações virtuais encontrar algo que alegre, divirta, encoraje, fortaleça a fé e edifique, faça o seguinte: curta e compartilhe!  Já temos gente demais falando de coisas tristes. Existem pessoas com o dom de fazer a diferença e contagiar o mundo com amor e esperança. Não seríamos aquelas em quem Deus habita, tipo eu e você?

Pr. Anibal Filho

Doutor em Produção Vegetal pela UFG e Pastor auxiliar da Igreja Batista Renascer.

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