Mulher moderna: Buscando o equilíbrio e vivendo debaixo da benção de Deus

Deus criou a mulher com um propósito especial. O papel da mulher na sociedade sempre foi e continuará sendo de extrema importância, assim como o do homem. No entanto, ao longo de séculos, a mulher foi tratada como um ser inferior e um mero objeto. Segundo o Dicionário Ilustrado da Bíblia, da Editora Nova, mesmo Deus tendo criado a mulher como ajudadora e auxiliadora do homem, muitos povos que se desenvolveram ao redor de Israel na Antiguidade, nem sempre tinham essa opinião acerca da mulher.

Certas passagens do Antigo Testamento mostram que a mulher era pouco mais que um objeto e tinha que sujeitar-se inteiramente a um homem. Esta tendência tornou-se pronunciada antes da vinda de Cristo. Uma das orações judaicas daquela época dizia: “Obrigado, meu Deus, porque não sou uma mulher”.

Depois do nascimento de Jesus podemos ver uma grande mudança nesse quadro. Jesus, durante sua vida e ministério, tratava as mulheres com amor, permitindo que elas o acompanhasse juntamente com os seus discípulos em suas jornadas (Lucas 8:1-3). A partir daí as mulheres vem rompendo cada vez mais a barreira do preconceito e conquistando espaço em todos os setores da sociedade.

No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher” em homenagem às trabalhadoras que morreram na fábrica em 1857. Apesar disso, somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). A partir daquele ano, além da comemoração são realizadas reuniões em vários países com o objetivo de buscar soluções contra o preconceito e desvalorização da mulher. É preciso salientar que as mulheres ainda sofrem com menores salários nas empresas, violência doméstica e jornada excessiva de trabalho. Em muitos países ainda são consideradas inferiores aos homens e tratadas com descaso.

Nos países ocidentais a realidade é um pouco diferente. As mulheres têm avançado a passos largos e alcançado cargos de liderança nas empresas e na política. Não há dúvidas de que as conquistas advindas da independência feminina têm muitos pontos positivos. Mas em meio a tanto “avanço” precisamos reconhecer que temos perdido alguns valores essenciais, e isso tem nos causado um dano enorme.

A mulher cristã do século XXI tem o enorme desafio de buscar equilíbrio para não ferir princípios estabelecidos na Palavra de Deus ao buscar a tão sonhada independência feminina. Crescer profissionalmente, estudar, desfrutar dos direitos adquiridos não podem servir de escusa para descuidarmos do padrão apontado para a mulher cristã.

Para resgatarmos esse padrão e não nos “amoldarmos a este mundo”, como adverte o Apóstolo Paulo na carta aos Romanos, precisamos buscar constantemente a renovação da nossa mente pela Palavra de Deus. Nela encontraremos um referencial sobre o qual devemos pautar nosso aprimoramento ao longo da nossa caminhada cristã. Entre muitas características, podemos (ou devemos) buscar ser “auxiliadora idônea” (Gênesis 2:18), “esposa prudente” (Provérbios 19:14); “temente ao Senhor” (Provérbios 31:30); “mulher virtuosa” (Provérbios 31:10); “sujeita ao marido” (1 Pedro 3:1); mulheres sábias (Provérbios 14:1); “que ama seu marido e filhos …cuidadoras do lar” (Tito 2:3-5; Provérbios 31:15).

Cumprir todos os papéis que são atribuídos a nós mulheres, atualmente, pode fazer nos sentir esgotadas e incapazes. É algo que vai além da nossa própria força e capacidade. Só através do equilíbrio dado pelo Espírito Santo será possível cumprir nossa relevante missão e desfrutarmos da benção de Deus enquanto mulheres. Cabe a nós buscarmos este equilíbrio e separarmos o que Deus espera de nós, do que o que a sociedade espera de nós.

Precisamos compreender que Deus não quer colocar sobre nós um peso ou jugo, pelo contrário, a instrução que recebemos da Palavra é para vivermos debaixo da benção e ter a liberdade que Cristo deseja nos dar. Também não estamos proibidas de crescer profissionalmente e de desenvolver nossos dons e talentos, pelo contrário, creio que em Deus nós podemos fazer proezas. Fomos escolhidas para viver nesse tempo e fazer a diferença enquanto aqui estivermos.

Acredito que cada uma de nós tem um papel de extrema importância a ser desempenhado na sociedade.

Graças a Deus podemos contar com a ajuda do Espírito Santo para fazer os ajustes necessários para vivermos de acordo com a vontade do Pai.

Portanto mulher, busque sempre o equilíbrio e desfrute da benção de Deus!

Pra. Elen Grasiele

Mãe da Gabriela e do Miguel. Pastora desde 2009. Líder do Ministério de Mulheres da Igreja Batista Renascer. Autora do livro “Escolhida para fazer a diferença”. Pedagoga em formação.

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