Uma sociedade doente

Existe uma crise na sociedade, e não falo aqui da crise econômica, social ou política, falo de uma crise moral. Essa crise não está fora das pessoas, e sim dentro delas. Não está baseada na falta de recursos, mas no agravamento da deformidade no caráter. Se não entendermos os princípios morais que estão sendo quebrados, se não discernirmos a função que cada indivíduo possui na família, vamos continuar fracassando em ajudar nosso mundo.

A atual sociedade, cujos fundamentos estão profundamente ameaçados, relativizam a moral, destroem a família, animalizam o sexo, banalizam o pecado e legalizam as perversões. E como consequência de tais atitudes, as crianças de hoje colhem alguns destes frutos, como pedofilia, abuso sexual, abandono e assassinato.

Podemos enxergar a crise moral existente na sociedade, especialmente se olharmos para o crescimento da perversão sexual que tem ocorrido e, infelizmente, pouco se tem feito para cortar essa raiz, na verdade, muitos a têm nutrido. Temos vivido aquilo que chamo de “a crise na sexualidade”, e essa crise se deu a “conta gotas” no mundo, um processo lento que tem levado várias nações por caminhos reprováveis pelo Senhor. Há um tempo os nossos avós nem imaginavam o que nós passaríamos. Na época deles os princípios eram claros e objetivos, eles nem sonhavam que chegaria esse tempo no qual tudo é relativizado.

Falar a respeito da nossa sociedade é entender que estamos vivendo transformações assustadoras e numa velocidade inimaginável. Família, educação, política, igreja, gênero masculino e feminino, casamento, criação de filhos, sociedade, tudo isso está passando por transformações, tudo está sendo questionado, e nos últimos 40 anos as transformações se acentuaram.

Se estudarmos as relações sociais de algumas décadas atrás, assustaríamos ao contemplar o teor das mudanças que ocorreram. A sociedade era outra, com valores bem diferentes dos de hoje, como na criação de filhos, na maneira em que as mulheres se relacionavam umas com as outras, na maneira em que os homens se relacionavam com as mulheres. É evidente que naquela época também havia problemas, porém, não na dimensão dos de hoje.

Os valores estão sendo confrontados, princípios estão sendo questionados, vivemos em todas as esferas da sociedade uma total decadência moral. Essa nossa sociedade não tem mais parâmetro de limite, é uma sociedade na qual os processos educacionais, por exemplo, estão cada dia mais adoecidos, com uma perspectiva de mundo totalmente marxista. Muitos professores estão completamente distantes dos valores do Reino de Deus, e são adestrados a propagar a ideologia de gênero, entendendo suas disfuncionalidades como comportamentos completamente normais na sociedade, inculcando assim, enganos nas mentes das nossas crianças.

Homens, como cristãos, precisamos orar pela nossa sociedade e pelas nossas crianças, para que toda essa enfermidade se afaste de nós e que possamos ter dias melhores em Cristo Jesus! Faça isso!

Eurípedes Mendes Filho

Pastor, escritor, conferencista e conselheiro. e-mail: preurípedes@jocum.org.br

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